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Escrito por Kat Bittner, Membro da Diretoria do Ministério Irmã Rosa de Ferro em Colorado
Discipulado é o processo de aprender e seguir um mestre ou professor. No contexto cristão, refere-se especificamente ao compromisso vitalício de seguir Jesus Cristo, aprender com Seus ensinamentos e se esforçar para viver de acordo com Seu exemplo. Isso inclui aplicar ativamente nossa fé na vida diária e ajudar outros a fazerem o mesmo.
Para muitos crentes, no entanto, a palavra "discipulado" é enervante. A simples ideia de ensinar sobre Jesus aos outros e como viver uma vida de fé pode ser intimidadora. Talvez o mais assustador para os cristãos não seja o ato de discipular em si, mas saber como discipular. Muitos da minha geração, criados na igreja, se acostumaram a bater de porta em porta ou a assistir vídeos sobre discipulado. Reuniões evangelísticas e avivamentos na igreja eram populares por alcançarem um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo. Embora esses meios de compartilhar a Palavra de Deus com outros fossem populares e pudessem ser frutíferos, eram maneiras desconfortáveis e ineficazes de fazer discípulos para muitos cristãos.
No entanto, o discipulado não é apenas uma coisa que devemos fazer como cristãos; é exatamente a coisa que devemos fazer. Se realmente vivemos como seguidores de Cristo, precisamos compartilhá-Lo com os outros. Jesus nos compele a fazer exatamente isso.
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28:19, NVI)
Paulo diz a Timóteo em 2 Timóteo 3:16-17 que as Escrituras são úteis para nos treinar a fazer o que é certo (entre outras coisas) e nos equipar para fazer boas obras. As Escrituras também nos dizem repetidamente que recebemos talentos variados e únicos que podem ser usados para servir aos outros, discipular e glorificar a Deus. (1Pe 4:10-11; Êx 35:10; Ef 2:10; Rm 12:4-8; 1Co 12:4-11). É com esses dons – ou melhor, com essas ferramentas – que Deus nos deu que devemos usar para discipular. E eu uso meus talentos únicos para compartilhar Jesus de uma forma que seja confortável para mim, mas que cumpra minha fidelidade em fazer discípulos.
Por exemplo, eu amo Jesus e amo comida! E acredito que Deus me deu o amor pela comida, o dom de bater papo e a habilidade de cozinhar bem, para que eu possa compartilhar pontos em comum com outros onde talvez não tenhamos Jesus em comum. O chef James Beard disse que "a comida é o nosso ponto em comum, uma experiência universal". Quando ofereço uma refeição para um descrente, sirvo comida em uma cozinha comunitária para moradores de rua ou organizo uma refeição para um evento comunitário ou missionário, posso usar a comida como ponto em comum com aqueles que, de outra forma, não compartilhariam Jesus em comum comigo.
Encontro as pessoas em suas necessidades e então comunico que Jesus é a razão pela qual suas necessidades estão sendo atendidas. Essa comunicação pode ser simplesmente dizer "Jesus te ama" ou "a Deus seja a glória", o que às vezes gera conversas mais profundas. Dessa forma, estou discipulando outros usando os talentos que Deus me deu para fazer boas obras. O mesmo pode ser dito dos cristãos que servem em missões médicas, daqueles que ministram aos doentes ou reclusos, ou daqueles que oferecem aconselhamento e assistência a pessoas em crise. Cristãos fazendo o bem ativamente aos outros de maneiras em que são excepcionalmente talentosos e, ao fazerem essas boas ações, compartilham Jesus e seu próprio testemunho de fé e discipulado.
Minhas queridas irmãs, um discípulo cristão é alguém que é transformado por Jesus para segui-Lo e aprender com Ele diariamente. É alguém que auxilia na propagação das Boas Novas e está comprometido com a missão de Jesus. (1Jo 2:6; Mc 1:17; Jo 13:35; At 1:8). Usar nossos talentos únicos – essas ferramentas de treinamento – para compartilhar Jesus pode ser muito diferente para cada um. Deus pode ter lhe presenteado com uma voz doce para cantar canções de Natal em sua vizinhança. Deus pode ter lhe presenteado com as habilidades para pintar uma imagem de como o Céu pode ser. Talvez você tenha o dom de paciência para visitar idosos ou cuidar do filho de um vizinho quando ele é repentinamente chamado para trabalhar.
O pastor e teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer certa vez observou: "Cristianismo sem discipulado é sempre cristianismo sem Cristo". Todo cristão, jovem ou idoso, recém-batizado ou com estabilidade na fé, deve estar comprometido com o discipulado. O mandamento de Jesus de fazer discípulos se cumpre cada vez que O reconhecemos em nossas boas obras. E podemos fazer discípulos de maneiras que usem nossas ferramentas, os dons dados por Deus, para compartilhar Jesus sem hesitação.
Como você será e fará discípulos usando suas ferramentas únicas?
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Escrito por Rayne Paz, voluntária no Ministério Irmã Rosa de Ferro em Salvador
Simão Pedro lhe respondeu:― Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. 69Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus. (Jo 6:68-69 NVI)
Você se lembra o que ou quem te levou até Cristo? Muitos são os caminhos que levam alguém a conhecer Jesus, algumas pessoas O conhecem desde pequenas através dos pais ou responsáveis, já outras na adolescência ou fase adulta.
Nos versos que trabalharemos hoje veremos que algumas pessoas tiveram o privilégio de conhecer a Cristo pessoalmente, mas houve um detalhe: a mensagem não lhes pareceu suficiente para permanecer com Ele, na verdade esta mensagem parecia um tanto sem cabimento humanamente falando. Em João capítulo 6 (leia todo capítulo) Jesus estava se tornando conhecido, já não era necessário que Ele fosse apresentado às pessoas que iam até Ele. Ele parecia um bom mestre, com boas ofertas aos seus seguidores, ainda mais no último encontro onde houve até uma refeição de graça. Mas, dessa vez, apenas achá-lo um bom mestre e compartilhar de um bom alimento físico não seria suficiente para continuar a acompanhá-lo. Jesus sai da esfera carnal e apresenta àquelas pessoas o verdadeiro benefício em segui-lo. Entretanto, não foi bem o que a multidão esperava ouvir.
Assim como aquelas pessoas um dia conhecemos a Cristo, pode até ter sido inicialmente por algumas das Suas bênçãos materiais, mas chega um momento que somos confrontadas com verdades difíceis de aceitar. Somos colocadas a prova se estamos permanecendo nEle pelos motivos corretos. Chega uma hora que é necessário decidir ficar. As palavras de Jesus confrontam as nossas maiores convicções e de repente nos vemos na posição de abrir mão daquilo que acreditamos para crer exclusivamente nEle.
A palavra usada por um dos Seus seguidores no verso 60 traduzido por “duro” (“difícil”; NTLH) vem da palavra grega sklhro/ß (sklēros), não significa “difícil de entender”, mas sim “áspero”, “severo” ou “desagradável”. Logo, não é que a mensagem de Cristo nos é incompreensível, mas sim que é desconfortável a nossa vontade, é desagradável ao nosso eu e por vezes é frustrante ao que nós esperamos.
A palavra de Jesus foi ofensiva não incompreensível. Porém, é necessário tomar uma decisão, Jesus já sabe da nossa resposta se vamos segui-lo ou não, como também sabia da resposta dos discípulos, mas Ele quer nos ouvir proferi-la para o próximo e para nós mesmas, assim como Pedro reconhecer, aceitar e proclamar que não há outro caminho (verso 68). Decidir ficar consiste em entender quem Jesus é, o Seu trabalho remidor e o plano de salvação. É olhar com olhos espirituais de saciedade e contentamento no alimento vivo e eterno não esperando aquilo que podemos até usufruir nesta vida, mas que será passageiro e inútil. Jesus é o alimento que dá a vida eterna saciando para sempre.
Há uma canção que resume muito bem isso “Cristo oferece o que Ele é”, Jesus ofereceu o pão da vida porque Ele é a própria vida. Infelizmente, aquelas pessoas não estavam preparadas para isso, a vida aqui na terra para elas importava mais.
É fato que alguns não suportarão essa verdade, ou não estarão dispostos a abrir mão das suas convicções em nome de Cristo, mas assim como Pedro devemos reconhecer que não há outro a quem podemos confiar inteiramente nossas vidas, não pelo que Ele oferece, mas pelo que Ele é. Aquela ocasião foi um passo importante para os 12: se tornar um discípulo consiste em abrir mão desta vida e reconhecer que fora de Cristo não há para onde ir.
E nós, decidimos ficar?
