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Michelle and JocelynnApresentado por Michelle J. Goff e escrito por sua mãe, Jocelyn Goff, as duas em Arkansas

Minha mãe sempre foi um modelo de hospitalidade. Quando eu era criança, quase todos os domingos recebíamos alguém para almoçar – pessoas de diferentes línguas, culturas e origens. Em homenagem à ênfase desta semana no compromisso uns com os outros, demonstrado através da hospitalidade, não consigo pensar em nenhum candidato melhor para compartilhar uma das suas muitas histórias. Em suas próprias palavras…

Num domingo, há muitos anos, nos “primeiros dias do casamento”, meu marido veio até mim depois da igreja e disse: “Está vendo aquele homem ali? Eu o convidei para almoçar.” “Você fez o quê?!” Perguntei incrédula enquanto olhava para o homem que acabou de entrar no prédio da igreja naquela manhã. Parecia que ele havia dormido com seu terno mal ajustado. Ele tinha enormes flocos de caspa nos ombros do terno e nas sobrancelhas, ou seja, uma presença masculina nada atraente. Eu disse: “Ele é um estranho e temos um bebê para pensar”. Meu marido respondeu: “Pensei nisso. É por isso que convidei o pregador e sua esposa para almoçar também.” Novamente, minha resposta foi: “Você fez o quê?!” Só tenho um bolo de carne de meio quilo no forno. Não temos suficiente.” Meu marido disse gentilmente: “Temos bastante. Este homem tem R$0,50 em seu nome e precisa de uma passagem de ônibus e uma carona até a rodoviária para chegar até sua família. Ele veio à igreja em busca de ajuda.” Oh meu Deus! Fiquei imediatamente humilhada e mudei minha resposta a uma oração. “Querido Senhor, por favor, perdoe meu julgamento severo e imediato e forneça o suficiente para compartilharmos como o Senhor fez com o almoço do menino de cinco pães e dois peixes.” Essa foi minha oração durante todo o caminho da igreja para casa, pois também estava pensando no que mais acrescentar ao bolo de carne de meio quilo.

Quando chegamos em casa, tirei o bolo de carne do forno e percebi que na verdade ele havia encolhido, não crescido. "Oh meu Deus! Querido Senhor, ainda precisamos de uma multiplicação milagrosa aqui, como o Senhor fez com o almoço do menino.” Acrescentei à refeição do bolo de carne três latas de vagem, duas caixas de macarrão com queijo e uma lata de frutas em conserva com banana fatiada. Depois cortei o bolo de carne e servi a refeição.

Todos foram servidos um pouco de tudo: bolo de carne, macarrão com queijo, vagem e salada de frutas. Tivemos uma conversa agradável durante o almoço. O pregador e sua esposa concordaram em levar o homem até a rodoviária e a igreja pagaria sua passagem de ônibus para que ele pudesse voltar para casa e ficar com a família.

Depois do almoço quando todos já haviam saído, tirei a mesa e notei o bolo de carne. Você sabe o quê? Sobrou bolo de carne! Todos foram servidos, mas sobrou bolo de carne. Lembro do relato de Marcos sobre a alimentação dos cinco mil: “Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe” (Mc 6:42-43 NVI).

Então, no dia seguinte, enquanto comia um sanduíche feito com sobras de bolo de carne, lembrei novamente da minha oração para que Deus multiplicasse o bolo de carne como Ele fez com os pães e os peixes e Ele o fez, e Ele me deu as sobras como um lembrete de Sua abundante provisão.

Minha reflexão posterior também foi sobre a escritura, Hebreus 13:2: “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos”. Embora eu não saiba se este homem era um anjo, sei que lembrar dessa situação sempre me faz refletir sobre este versículo e considerar o verdadeiro significado de hospitalidade. Muitas vezes pensamos que é abrir nossa casa para nossa família e amigos. Na verdade, isso é comunhão.

Comunhão é quando a conexão ou relacionamento é compartilhado entre aqueles que têm um objetivo ou origem comum. Hospitalidade é prestar um ato de serviço de acolher, receber, hospedar ou entreter convidados ou estranhos. É um ato de serviço, muitas vezes para os menores. Em Mateus 25:40 Jesus diz: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.” Como tenho certeza de que você, assim como eu, deseja servir ao próprio Jesus, então devemos aprender a servir aos “menores”. Isso proporciona a maior bênção para eles, para nós, e é viver no Reino.
Rianna ElmshaeuserEscrito por Rianna Elmshaeuser, voluntária no Ministério Irmã Rosa de Ferro no Colorado

Compartilhem o que vocês têm com os santos que estão em necessidade e procurem ser hospitaleiros. (Rm 12:13 NVI)
Não se esqueçam da hospitalidade, pois foi praticando‑a que, sem saber, alguns acolheram anjos. (Hb 13:2)
Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação. (1Pe 4:9)

Quando eu era criança, sempre que pensava em hospitalidade, pensava em convidar pessoas para uma refeição saborosa, uma boa conversa e uma sobremesa. Meus pais faziam isso com frequência e eu adorava sentar e ouvir os adultos contarem histórias e rirem juntos. Como uma adulta que vive em uma cidade onde os preços das casas são absurdamente elevados, não posso comprar uma casa suficientemente grande para acolher mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Eu tenho um quintal grande e nas noites frescas ​​de verão posso acomodar um grupo maior, mas na maior parte do tempo estou limitada nesta forma de hospitalidade.

A boa notícia para mim é que existem outras formas de hospitalidade e acho que é isso que a Bíblia transmite, mais do que simplesmente receber alguém em sua casa. Jesus também não tinha uma casa para convidar as pessoas para jantar. Na verdade, muitas vezes ele precisava de um lugar para ficar para si e seus seguidores, mas Jesus é a imagem definitiva da hospitalidade. A palavra grega usada em Romanos 12:13 para hospitalidade significa “amor ao estrangeiro”. Conheço muitas pessoas que abrem suas casas e são excelentes anfitriões para reuniões de pequenos grupos, jantares e noites de jogos. Em contrapartida, todo mundo já foi convidado para a casa de alguém na qual você não se sente bem-vindo nem confortável. Há muitos motivos pelos quais me sinto desconfortável numa casa, seja porque é tão limpa que tenho medo de sair do tapete de boas-vindas ou porque o cônjuge fica sentado na poltrona o tempo todo, fumando e jogando Tetris (história verídica), ou às vezes não foi oferecida comida ou bebida ou a conversa é tensa e estranha.

Fica claro nestes cenários que simplesmente abrir a sua casa aos outros não é hospitalidade. O dicionário Webster dá essa definição de hospitalidade: “oferecer um ambiente agradável ou sustentável ou ser prontamente receptivo”. Parece que ser hospitaleiro envolve muito mais do que eu pensava inicialmente. Tenho uma amiga que faz com que todos que entram em sua casa se sintam amados, seguros e confortáveis. A casa dela é limpa, mas não chique. Ela recebe você com um grande sorriso e geralmente tem algo preparado para que você possa se sentir em casa e se servir um lanche ou uma bebida, se quiser. Há um ar indefinível de carinho e aceitação. Uma grande parte da sensação de boas-vindas na casa da minha amiga é a personalidade dela.

Posso não conseguir realizar reuniões em minha casa, mas posso levar comigo o sentimento de aceitação, carinho e amor aonde quer que eu vá. Jesus tinha essa mesma qualidade. Por exemplo, quando uma mulher foi atirada aos seus pés por uma multidão que exigia a sua morte brutal, Jesus desceu ao nível dela até que a multidão recuou e ficaram apenas os dois. Quando a multidão se foi, Ele falou com ela com amor e perdão. Quando Ele conheceu uma mulher num poço com uma longa história de pecado, Ele conversou com ela, reservou um tempo para conhecê-la e ofereceu mais do que ela jamais poderia sonhar; a água viva do amor de Deus. Repetidas vezes, Jesus cumprimentava os marginalizados, os degenerados e os pobres com respeito, amor e um espírito de hospitalidade. Hospitalidade é amar os estranhos como Jesus amou; vê-los verdadeiramente e ser hospitaleiro com sua pessoa.

Os prédios das nossas igrejas também são locais onde grande hospitalidade pode ser demonstrada. Quão vergonhoso é quando um visitante se junta a nós enquanto adoramos a Deus e se sente indesejado ou invisível. A reunião da igreja deve ser um lugar onde os perdidos, os feridos, os desanimados e os fiéis se sintam seguros, amados e bem-vindos. Na sociedade de hoje, os cristãos têm a reputação de hipócritas críticos. Eu costumava achar isso ofensivo, mas a experiência me ensinou que essa reputação não é totalmente injusto. Na minha história pessoal, o foco da pregação era principalmente sobre pecados e levar os pecadores ao arrependimento. Acho que um pouco mais de hospitalidade pode ajudar muito a trazer os perdidos a Jesus do que um sermão inflamado. Afinal, quando Jesus falou aos perdidos, ele teve grande compaixão e misericórdia. Ele reservou os seus sermões mais duros para os líderes religiosos que oprimiam o povo com as suas leis feitas pelos homens, em vez de praticar a justiça, amar a fidelidade e andar humildemente com o seu Deus (Mq 6:8).

Irmãs, que sejamos comprometidas a ofecerer hospitalidade onde quer que formos.

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