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Escrito por Isabela Lima, voluntária no Ministério Irmã Rosa de Ferro em Boa vista - Roraima
Era 2017 quando tive que viver o luto de forma pesada. Mais pesada do que eu achava que aguentaria passar. Havíamos participado de um retiro espiritual em fevereiro onde o tema trabalhado foi: Seja forte e corajoso. E como eu precisei ser.
Em maio daquele ano, recebemos a triste notícia de que meu cunhado havia partido de forma repentina. E de certa forma injusta. Aquela notícia devastou e dilacerou o coração do meu esposo e sua família.
Eu o via sofrendo, e tudo ao nosso redor era pranto e dor.
Alguém que ele amava muito, havia partido.
Foi aí que comecei a ver tão grande amor que Deus tinha e tem por nós, o seu cuidado apesar de tudo. A Igreja do Senhor cuidava de nós e nos amparava como crianças que precisavam chorar no colo de alguém.
A dor era imensa, a cidade comovida por coisa tão horrível ter acontecido.
E vendo os que eu amava naquela situação, pedia a Deus que transferisse para mim ao menos um pouquinho daquilo que os via sentindo.
O que eu não sabia era que após alguns meses, eu sofreria exatamente a mesma coisa.
Agora, era meu irmão que havia falecido. E eu me sentia totalmente imersa numa nuvem de luto. Mais uma vez a Igreja do Senhor nos abraçava e fomos cuidados com muito amor. A igreja cuidava de nós, e nós cuidávamos dos nossos.
O luto é sombrio, é doloroso e sofrido demais. Os cultos passaram a ser um lugar onde apenas chorávamos.
Mas, por trás de tanta dor, o sentimento estranho (para aquele momento) de gratidão me invadia. Não pelo que havia acontecido, mas porque eu podia sentir a mão poderosa de alguém que cuidava de mim em meio a aflição. Além disso a herança de uma família terrena, mais conhecida como Igreja do Senhor, que estava inteiramente ao meu lado.
O meu despertar para servir mais a Deus aconteceu depois dessa experiência. Ao vivê-la, percebi que eu era cristã, mas não estava dedicando ao Senhor tudo o que eu poderia ou deveria dedicar. Então, em vez de me apegar à dor, me agarrei à ideia de que poderia servir melhor a Deus, entregar a minha vida a Ele e me preparar para, quando visse outras pessoas passando pelo mesmo, poder ajudá-las de alguma forma.
Esse processo também foi uma forma de cura para o luto. Servir a Deus, me aproximar mais dEle e me envolver mais no trabalho da igreja me fortaleceram. Se não fosse por isso, hoje eu não estaria em Boa Vista, servindo outras pessoas. Entendo que tudo está debaixo da permissão do Senhor e que há propósito em todas as coisas. O que precisamos é decidir de qual ângulo vamos olhar: se é apenas o problema em si ou se é a forma como Deus age através dele. Afinal, Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo (Jo 16:33).
Eu penso muito nisso: foi uma aflição que me tornou mais madura para me apegar a Deus e confiar no meu Pai, que sempre sabe o que é melhor para mim. Em nenhum momento quis descontar no Senhor ou questionar por que estava passando por aquilo. Pelo contrário, desejei ir aos pés dEle, chorar quando fosse preciso, ajudar as pessoas que precisavam de mim e aprender a estar mais presente na igreja, a trabalhar melhor e a servir mais.
Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1Ts 5:18)
“Estejam sempre agradecidos”: o luto me mudou, mas não me moldou ao seu padrão escuro de dor. Foi através dele que me aproximei ainda mais do meu Pai celestial.
“Haja o que houver”: Ainda que eu perca minha parentela, Deus está comigo, e a sua promessa de que um dia estarei com Ele vivendo nos céus é o que me impulsiona a ansiar por Ele.
Afinal, quem me separará do amor de Deus revelado em Cristo nosso Senhor?
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Escrito pela Dra. Anessa Westbrook, voluntária do Ministério Irmã Rosa de Ferro em York, Nebraska
Se lhe pedissem para explicar marchetaria ou pirografia, como você começaria? Provavelmente, poucos de vocês sabem o que são esses ofícios, então possivelmente começaria pesquisando sobre eles. Depois, talvez, tentaria aprender um pouco sobre o processo por trás deles. Quando se trata de mentoria, nossa familiaridade com essa palavra pode nos dar uma falsa sensação de saber o que ela é. É como ouvir uma palavra em outro idioma e presumir que você sabe o significado porque soa familiar, mas depois descobrir que o significado é diferente. Muitas vezes, não dedicamos o tempo necessário para refletir sobre tudo o que a mentoria envolve.
As mulheres são especificamente orientadas a serem mentoras em Tito 2. Tito 2:3 descreve a preparação pessoal que deve ocorrer de antemão, dizendo: “Semelhantemente, ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom” (NVI). Antes de alguém começar a mentoria, há um processo de preparação que precisa ocorrer. De acordo com esta passagem, as mentoras precisam ser reverentes, observar a maneira como falam sobre as pessoas, não se deixarem controlar por ações mundanas e estar preparados para ministrar um bom ensino. Essas qualidades levam tempo para se desenvolver. O que vemos refletido neste versículo é um trabalho interior que é contracultural e requer a capacidade de se manter firme.
Não devemos subestimar o poder da nossa influência como mulheres. Em Filipenses 4:2-3, vemos Evódia e Síntique sendo chamadas como parceiras no Evangelho e com um apelo para que se dessem bem. Elas eram obviamente influentes, mas sua discordância estava causando problemas na igreja de Filipos. Mentoras devem ser dignas de imitação. Assim como Paulo conclamou os cristãos a imitarem-no em Filipenses 3:17, uma mentora precisa reconhecer a importância de seu exemplo. Práticas prejudiciais devem ser identificadas e removidas de sua vida, pois poderiam ser replicadas na vida de sua mentorada.
Tito 2:4-5 descreve tópicos específicos para mentoras abordarem. Esses tópicos são principalmente de natureza doméstica, mas representam a realidade cotidiana das mulheres naquela época. Paulo queria que as mulheres impregnassem seu trabalho diário com propósito e fé, para que pudessem representar bem o cristianismo e sua fé. As mentoras de hoje devem levar em consideração o trabalho diário de suas mentoradas, preparando-as para refletir Deus em seu trabalho e vida pessoal.
Ao longo de Atos, as mulheres desempenharam papéis importantes no estabelecimento da igreja primitiva. Logo após os apóstolos verem Jesus ascender ao céu, eles retornaram ao cenáculo em Jerusalém. Atos 1:14 diz: “Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.” Nessa pequena comunidade, as mulheres lutavam ao lado dos apóstolos para descobrir como aplicar o que haviam aprendido de Jesus em suas vidas como comunidade cristã.
Ao longo do livro de Atos, vemos mulheres se esforçando para usar seus dons para Cristo. Somos apresentadas a Tabita em Atos 9, que é descrita no versículo 36 como alguém "que se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas”. Depois que ela adoeceu e morreu, sua ausência foi profundamente sentida pelas viúvas de quem ela cuidava, e, por fim, resultou em Pedro ressuscitá-la dos mortos para que ela pudesse continuar seu trabalho. Em Atos 16, vemos a influente e conectada Lídia e a conversão e o batismo de sua família. No versículo 40, vemos que Lídia passou a hospedar cristãos em sua casa. E em Atos 18, Priscila, ao lado de seu marido Áquila, compartilha as boas novas da vida e do ministério de Jesus com Apolo, que pregava ousadamente sobre a vinda do Messias. Isso transformou sua mensagem. Essas mulheres usaram sua influência nos círculos que Deus lhes havia dado, se destacaram e serviram a Deus fielmente nessas áreas. Mentoras devem demonstrar esse tipo de serviço fiel em seus próprios círculos, incentivando as mulheres mais jovens a fazerem o mesmo.
Mentoria não é uma sugestão ou opção; é o que somos chamadas a fazer como mulheres. Devemos abordar nossa própria preparação com intencionalidade, considerando cuidadosamente a maneira como influenciamos e orientamos. Ao refletir sobre mentoria, quais são algumas áreas de crescimento nas quais você pode trabalhar? Que tipo de impacto você acha que poderia causar na vida de outras mulheres depois de trabalhar nessas áreas?
