Nós amamos construir relacionamentos. Inscreva-se no nosso blog para receber um e-mail sempre que publicarmos um novo artigo. Em breve, nossas e-news e newsletters estarão disponíveis em português.
Escolher Artigos por Hashtag
Enquete
Precisamos da sua opinião sobre como melhor atender às necessidades espirituais das mulheres brasileiras. Obrigada por compartilhar da sua voz!
Visite nossa loja
Outras línguas
Blog
- Detalhes
Escrito por Débora Rodrigo, voluntária do Ministério Irmã Rosa de Ferro em Arequipa, Perú.
Todas as mulheres ao seu redor eram mães. Ser mãe era algo que proporcionava a razão de existir para as mulheres daquela época e cultura, lhes dava valor em meio à suas famílias e sociedade. Mas Ana não tinha filhos. Ana estava vazia. Estava sozinha. Se sentia inútil. Desprezada pela sociedade. Boa para nada. Seu marido não podia compreender esse sentimento de impotência que desolava seu coração. Ele lhe perguntava: porque você precisa de um filho? Eu não sou suficiente? Mas, obviamente, ele já tinha filhos com outra mulher. Ela era incapaz de ter filhos. Se sentia observada, assinalada. Quando caminhava pelas ruas sentia que outras mulheres a observavam com pena. Ela imaginava o que elas estariam pensando. Ali estava Ana, a mulher que não podia dar filhos ao seu marido. A que nunca sentiria os chutes de um bebê em sua barriga, a que nunca amamentaria seus filhos. Algumas mulheres a ridicularizavam. Nós sim temos filhos, não somos como você. Algo deveria estar errado com ela. Ou pelo menos isso é o que ela pensava.
A angústia crescia com o passar do tempo. As possibilidades de que o milagre acontecesse eram reduzidas consideravelmente com o passar do tempo. Os anos passavam sem parar, a esperança diminuía. A impotência crescia e junto a ela o desespero. Mas pouco a pouco o coração de Ana se enchia de angústia. Solidão. Amargura. Ninguém podia entender como o peso profundo da tristeza a sufocava. Era impossivel de explicar. Não havia uma maneira em que outras pessoas pudessem compreender esse terrivel túnel sem fim pelo que Ana caminhava cada dia. Sozinha.
Cada ano, Ana, junto ao seu marido, que também acompanhava sua outra esposa e os filhos que ela lhe havia dado, viajavam ao santuario de Siló para adorar a Deus. Era um costume familiar, um compromisso ao que não faltavam. Mas este ano Ana viaja completamente devastada e sem energia, sem ânimo nem mesmo para alimentar o seu próprio corpo. Ao chegar ali, ela sabia que tinha que restirar-se ao santuário e orar a Deus no silêncio de sua solidão. Precisava se liberar dessa tristeza profunda. Palavras sem som saiam de sua boca e se misturavam com as lágrimas que emanavam de seus olhos sem descanso. Ali, em meio a sua solidão, Ana voltou seu coração a Deus. O esvaziou completamente. Lhe suplicou que leve seu fardo pesado. Ali, por fim, Ana sentiu que era entendida. A medida que sua oração fluía, uma energia vibrante fortalecia o seu corpo e sua alma. E então, pouco a pouco Ana permitiu que a tristeza abandone sua mente e seu ser e se esvaziou da angústia que a havia controlado durante tanto tempo. Ana permitiu que Deus lhe devolva seu ar, mesmo em meio a seu terrível sofrimento. Qualquer pessoa que visse Ana naquele momento, completamente entregue aos braços de Deus, a houvesse considerado louca, ou até mesmo embriagada. Como o próprio sacerdote pensou que ela estava. Mas ela simplesmente era uma mulher devastada, rendida ante um Deus que a amava e entendia seu sofrimento. O único que poderia consolar um coração partido em tantos pedaços como o seu.
Depois de orar durante um tempo, Ana enxugou suas lágrimas, se levantou e regressou a sua família. Mas desta vez, com suas forças renovadas, sem o fardo pesado do abismo de sua tristeza. Recuperou seu apetite e sentia motivação suficiente para seguir adiante. Deus havia consolado o seu coração. Até que enfim, o fardo pesado da tristeza se sentia mais leve, e até mesmo insignificante. A pesar do desejo de ter um filho continuar sendo forte, esse sofrimento era muito mais tolerável. Ela sabia que não estava sozinha. Sabia que era amada e entendida.
Alguns anos passaram antes que Ana voltasse àquele mesmo lugar e pisasse no mesmo solo que a havia visto chorar desconsolada e encontrar o consolo que necessitava. Desta vez, no entanto, as lágrimas em seus olhos eram de alegria. As palavras, inaldíveis naquele momento, agora eram claras e firmes, as frases que antes imploravam por ajuda agora eram exclamações de gratidão e regozijo. Gratidão por esse filho que Ana agora abraçava. Regozijo por um coração que encontrou em Deus a esperança que havia perdido. Esse filho que ela havia sentido crescer dentro de si mesma pertencia a Deus e e ela o entregava a Deus. Deus havia substituído sua angústia por um gozo exorbitante. Agora ela se sentia completa, transbordando em gozo.
#irmarosadeferro #DEUStorias #Ana #maternidade #tristezaegozo #escritoraconvidada #blog
- Detalhes
Escrito por Débora Amaro, voluntária do Ministério Irmã Rosa de Ferro em Campo Grande, Brasil.
São muitos os relatos de Jesus onde sua divindade é manifesta com grande poder, e creio que ressuscitar pessoas seja a maior das suas demonstrações. Temos alguns relatos bíblicos, como o filho da viúva de Naim (Lucas 7:11-17), Lázaro (João 11), a filha de Jairo (Mateus 9).
Porém, nesse momento, iremos nos ater a filha de Jairo. Não sabemos o seu nome, nem a sua idade, tão pouco a sua aparência. A única informação dela que nos é dada é sua descendência: filha de Jairo. Vamos ver a história completa:
‘‘Falava ele ainda quando um dos dirigentes da sinagoga chegou, ajoelhou-se diante dele e disse: "Minha filha acaba de morrer. Vem e impõe a tua mão sobre ela, e ela viverá".
Jesus levantou-se e foi com ele, e também os seus discípulos [...]
Quando ele chegou à casa do dirigente da sinagoga e viu os flautistas e a multidão agitada, disse: "Saiam! A menina não está morta, mas dorme". Todos começaram a rir dele.
Depois que a multidão se afastou, ele entrou e tomou a menina pela mão, e ela se levantou.
A notícia deste acontecimento espalhou-se por toda aquela região’’.
(Mateus 9:18-19, 23-26)
Esta complexa história demonstra a compaixão de Jesus por mulheres e crianças, as quais, na maioria das vezes, eram menosprezadas na sociedade judaica do primeiro século.
Sabemos que Jesus tem poder para ressuscitar os mortos. Ele mesmo foi ressuscitado após sua crucificação e hoje vive ao lado direito do Pai. Porém, uma coisa somos nós sabermos, lermos, ouvirmos falar e outra é vivenciarmos de fato esse poder.
E aí é que está o mistério: não somos a filha de Jairo, mas também estávamos mortas e também fomos ressuscitadas!
Veja quão bela é a realidade do que Cristo fez por nós, nas palavras do apóstolo Paulo:
‘‘Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.
Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.
Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou,
deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.
Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus,
para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus’’.
(Efésios 2:1-7)
Como a filha de Jairo, não tínhamos (pelo menos no relato bíblico) nome e nem identidade.
Assim como Jairo intercedeu a Deus em favor de Sua filha, Jesus intercedeu a Deus em nosso favor.
Assim como duvidaram do poder de Deus naquela época, duvidam hoje do poder de Deus de transformar vidas.
Assim como Jesus sabia que havia esperança para a filha de Jairo, por que Ele é poderoso para trazer VIDA, assim Ele sabia que havia esperança também para nós através do Seu sacrifício.
Quando Jesus disse que não havia motivo de choro, riram-se dele. As pessoas que duvidam do poder de Deus, podem rir de nós e da nossa fé, mas não podem contestar contra um milagre: uma vida feita nova é um milagre!
A história da filha de Jairo também fala sobre nós: Cristo tem poder para ressuscitar! E é incrível saber que o mesmo poder que ressuscitou Jesus atua em nós hoje:
‘‘(...) E a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força.
Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais…’’
(Efésios 1:19,20)
Existe algo que nosso Deus não pode fazer? O maior dos milagres Ele já realizou, dando vida nova a mim e a você.
Deus nos abençoe.