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Escrito por Rayne Paz, voluntária do Ministério Irmã Rosa de Ferro na Bahia, Brasil

Jesus revolucionou o mundo, Suas atitudes causavam desagrado e desconfiança em meio a uma sociedade que tentava entender à vontade de Deus, mas que erravam muitas vezes. Cristo trouxe uma mensagem direta de Deus, o que Ele realmente queria de Sua criação. Mas parte de seus seguidores que eram tratados de maneira negativa, as mulheres!

Como Jesus tratava e se relacionava com esse público em especial?

A mulher no Oriente médio era desvalorizada. Referências do antigo testamento como Débora, Rute e Ester... haviam sido esquecidas durante o período intertestamentário. Isso fez com que as mulheres não sejam tão representadas e fossem menosprezadas.

Na época do novo testamento a mulher ocupava um nível consideravelmente inferior quando comparadas aos homens, mas Jesus as via como companheiras idôneas. Não superiores, mas também como criação divina e de valor e importância para Deus e para a sociedade. Jesus enfrentou ao desafio de incluir à mulher como participante em Sua obra redentora. Ele já percebia o interesse e impacto que elas teriam em Sua jornada. Lucas fala sobre isso no capítulo 8, versículos 1-3 de seu livro: “Aconteceu, depois disso, que Jesus andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus. Iam com ele os doze discípulos, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Suzana e muitas outras, as quais, com os seus bens, ajudavam Jesus e os seus discípulos”.

Jesus viajava com seus discípulos, homens e mulheres, mas as mulheres eram quem o sustentavam. Dentre elas estava Maria Madalena.

O passado de Maria não foi dos melhores, ela era atormentada por demônios (Lucas 8:2). Isso era parte do passado que a formava, parte de sua história. Talvez Maria sentia muita insegurança pensando em uma possível recaída, mas desta vez tudo era diferente, ela havia sido libertada pelo próprio Cristo e a partir daquele momento decidiu que O seguiria e sustentaria.

Maria foi seguidora fiel de Jesus até o seu suposto fim. Quando todos fugiram pelo medo, vergonha e impotência de ver o Seu Senhor na cruz, Maria e as demais mulheres estavam ali (Mt 27:55-56), sensibilizadas, emocionadas e preocupadas por Seu Senhor. Estas mulheres estiveram entre as últimas pessoas a contemplar o rosto de Jesus antes que ele morresse na cruz e Deus permitiu que fossem as primeiras a vê-lo quando ressuscitou (Mt 28:1-10).

Depois de tres dias, Maria veio à tumba para ungir o corpo de Cristo. Ela estava preocupada sobre como seria capaz de remover a pedra daquele túmulo sozinha, mas com coragem foi mesmo assim (Mc16:1-3). Ver o túmulo vazio e a receber a ordem de anunciar a ressurreição do Cristo foi amedrontador, então ela decidiu não dizer nada (Mc 16:8). Ela era simplesmente uma mulher, quem acreditaria em sua palavra? E quem não desconfiaria de que o que havia acontecido com o corpo de Jesus não era sua culpa? Era uma exposição muito arriscada. Mas tudo mudou o próprio Jesus veio a seu encontro. Aquele que lhe deu uma segunda chance, a livrou e curou. Cristo a chamou pelo nome: Maria! E então seus olhos abriram. Ela pôde superar seus medos através da fé no Cristo ressuscitado, “então Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: — Eu vi o Senhor! E contava que Jesus lhe tinha dito essas coisas” (Jo 20:18). Seu encontro com O Mestre fez com que ela supere seus medos para testemunhar e anunciar a ressurreição.Como aprendemos com Maria Madalena! Muitas vezes estamos livres, mas o nosso próprio passado nos prende e faz com que nos sintamos inseguras. Mas assim como Maria devemos superar nossos medos pois fazendo isso encontramos o Senhor e por meio desse encontro recebemos restauração, nova vida, confiança, fidelidade. Não importa a situação, junto a Ele, mesmo emocionadas, tristes, chorando...podemos confiar em Sua presença conosco. E assim como Maria Madalena, se permanecermos com Ele até o fim, contemplaremos nosso Mestre ressurrecto. Afinal, Ele já está!
E então, vamos anunciar essa boa notícia?

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